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sábado, 1 de setembro de 2012

MUDANÇAS NA SOCIEDADE CAUSARAM AUMENTO DA OBESIDADE NO BRASIL

Economia levou a novos hábitos na alimentação e na atividade física.
Veja dicas simples para comer menos em cada refeição.

Do G1, em São Paulo

A obesidade é um problema crescente no Brasil. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística mostram que 50,1% dos homens brasileiros com mais de 20 anos estão acima do peso; entre as mulheres, o número é de 48%. São considerados obesos 12,4% dos homens e 16,9% das mulheres.

Na década de 1970, os números eram bem mais baixos. Apenas 18,5% dos homens e 28,7% das mulheres estavam acima do peso, na mesma faixa etária, e também segundo o IBGE. Por outro lado, 10% da população tinha déficit de peso em 1975, contra 2,7% em 2009.
Está claro que o desafio do país mudou. Se 40 anos atrás a preocupação era com a desnutrição, hoje é a obesidade que mais ameaça a saúde dos brasileiros. Isso é reflexo de uma mudança cultural. O consumo de alimentos mudou bastante. A tabela ao lado mostra quanto de alimento cada pessoa compra por ano para sua casa.
Pesquisas mostram também que a obesidade está crescendo mais entre nas camadas mais pobres da população. Nos anos 1970, as pessoas com excesso de peso e obesos eram mais comuns entre os mais favorecidos. Hoje, a situação já é totalmente inversa.

É uma característica típica dos países mais desenvolvidos, e uma das causas é o aumento do poder de consumo da classe C. Outra mudança importante foi o êxodo rural. O Brasil tinha mais pessoas trabalhando na roça, queimando calorias, e hoje tem mais gente nas cidades, com empregos que exigem menos esforço físico.

Outra consequência das mudanças na sociedade é o avanço da obesidade entre os mais novos – um terço das crianças com entre cinco e nove anos está acima do peso, ainda segundo o IBGE. Não há mais espaço para se brincar na rua porque as cidades cresceram muito. Os espaços para atividade física estão nos condomínios de luxo e não nos bairros mais pobres. O resultado são crianças mais sedentárias.

A tudo isso se somam os hábitos alimentares, que também mudaram. Alimentos, mais gordurosos, como sanduíches e pizzas, entre outros, ganharam espaço na mesa do brasileiro, e também acarretam ganho de peso.















Dicas
É possível adquirir hábitos alimentares mais saudáveis mesmo com a rotina da sociedade moderna, como mostrou o Bem Estar desta segunda-feira (30). O programa teve a participação do sanitarista Nelson Arns, da nutricionista Lara Natacci e do ginecologista
José Bento.

A primeira dica apresentada pelos especialistas é sempre preparar a mesa. Enquanto você coloca toalha de mesa, talheres, pratos, copos e arranjos, passa o tempo e a fome diminui.
Comer um pouco antes da refeição também ajuda. Uma pesquisa americana confirma que uma maçã 15 minutos antes da refeição reduz a quantidade de calorias ingeridas. A maçã é especialmente recomendada porque é muito rica em pectina, uma fibra que dificulta a absorção de gordura e açúcares – outras frutas, como o mamão e o abacaxi, têm a substância em menor quantidade.
Alimentos ricos em água aumentam a sensação de saciedade, o que é uma boa dica para comer menos. Ensopados e cozidos fazem diminuir o exagero nas refeições. Na sobremesa, melão e melancias são boas pedidas, assim como a gelatina. Fibras também têm o mesmo efeito, e por isso os alimentos integrais são considerados melhores.
Outra dica que os médicos sempre dão é comer de três em três horas. Isso reduz a produção da grelina – o hormônio da fome – e faz com que você coma menos na hora das principais refeições.
Um cochilo antes da refeição também pode ser a solução para comer menos. O cansaço também provoca uma falsa sensação de fome, como se o corpo precisasse de uma fonte de energia. Então, a pessoa acaba procurando alimentos com absorção mais rápida, como carboidratos e açúcares.
Em uma enquete feita pelo site do Bem Estar, 36% dos leitores disseram que já procuram seguir a dica de comer de três em três horas, mas que 33% só fazem três refeições ao dia.






terça-feira, 28 de agosto de 2012

QUEM SÃO OS DONOS DO CARDÁPIO INFANTIL?


Atraídas por propagandas fascinantes que prometem um mundo de sonhos em um pacote de salgadinhos ou um pirulito, por brindes-brinquedos e pelas intermináveis coleções, as crianças se tornaram as principais vítimas desses alimentos e passaram a influenciar nas compras de toda a família. Quais as conseqüências de seguirmos ao sabor do vento das grandes corporações fabricantes de alimentos? E de não termos controle sobre a publicidade dirigida ao público infantil? O artigo é de Noemia Perli Goldraich.

Noemia Perli Goldraich (*)
Há 40 anos trabalho como Nefrologista Pediátrica. Não recordo de ter identificado, antes dos anos 90, um único caso de pressão alta em criança que não estivesse relacionada a algum problema grave como doença nos rins, nas artérias renais, na aorta ou a tumores raros. Pressão alta era uma doença de adultos. Era! 

Infelizmente, na última década, mais crianças passaram a sofrer de hipertensão arterial, uma doença crônica, isto é, que se arrasta por toda a vida e que necessita de medicação continuada. E qual a causa dessa repentina mudança? Múltiplos fatores podem causar a pressão alta mais comum - também chamada de hipertensão arterial essencial - mas os principais são a combinação de obesidade e ingestão de quantidades excessivas de sal na alimentação. 

Antes de seguir em frente, é preciso que se diga que a pressão alta não é um probleminha qualquer. É fator de risco importante para infarto do miocárdio e acidentes vasculares cerebrais (os derrames cerebrais), entre tantas outras consequências. E o resultado da obesidade iniciada na infância é o aparecimento de hipertensão arterial em crianças e adolescentes, de diabetes melito, doenças vasculares como infarto do miocárdio, tromboses, derrames cerebrais e todas as suas complicações. 

Bem, mas não é de hoje que o sal está presente na alimentação humana. Então, por que agora estaria prejudicando também as crianças? O problema não é exatamente o sal, mas sim o sódio presente nele e é esse último que causa o aumento da pressão. É aí que entram os alimentos industrializados ou altamente processados. Há muita diferença na quantidade de sal (cloreto de sódio) colocado numa refeição cotidiana preparada em casa e os tais produtos industrializados. Nestes, o sódio está presente, além do sal, na estrutura dos conservantes e aromatizantes, usados para aumentar o período de validade ou para realçar o sabor, resultando em quantidades exageradamente grandes de sódio. 

Nesse contexto, é preciso considerar que os hábitos alimentares dos brasileiros mudaram significativamente nos últimos anos. Saímos do feijão, arroz e bife para as comidas congeladas, as pré-prontas, os salgadinhos, os biscoitos e refrigerantes. Atraídas por propagandas fascinantes que prometem um mundo de sonhos em um pacote de salgadinhos ou um pirulito, por brindes-brinquedos e pelas intermináveis coleções, as crianças se tornaram as principais vítimas desses alimentos e passaram a influenciar nas compras de toda a família. Sem entender o que leem ou sem ler o que informam os rótulos, os pais também se seduzem pelos coloridos sinais de adição a anunciar + ferro, + cálcio, + vitaminas. Na verdade, estão comprando gordura, sal e açúcar, crentes de que seus filhos estão sendo bem alimentados. É isso mesmo. Em geral, as fantásticas embalagens coloridas contêm muita caloria e baixíssimo valor nutricional. 

Estudos que vem sendo amplamente divulgados pelo Ministério da Saúde apontam que o brasileiro está ingerindo mais que o dobro de sal da quantidade diária recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 5 gramas, o que equivale a uma colher de chá. O brasileiro, em média, está consumindo 12 gramas ao dia, o equivalente a uma colher de sopa. Muitos produtos que hoje fazem parte da dieta usual de crianças contêm quantidades exageradas de sal, sem que os pais percebam o perigo. Você sabe que um pacote de massa instantânea pré-cozida tipo miojo contém 5g de sal, que é a quantidade máxima diária recomendada para um adulto? Haja rins para dar conta!

Pesquisa publicada neste janeiro por um grupo da Filadélfia, no American Journal of Clinical Nutrition, uma importante revista da área, mostrou a relação entre o desenvolvimento da aceitação do gosto salgado e uma alimentação complementar, administrada a bebês, contendo amido (batatas, arroz, trigo, pão, bolachas). Foram comparados dois grupos de lactentes: um recebeu alimentação complementar com amido e o outro só comeu frutas em complemento ao leite. A aceitação para o gosto salgado já estava presente aos seis meses nos lactentes alimentados com amido e ausente nos que receberam só frutas. Os lactentes do primeiro grupo apresentaram maior probabilidade de lamber o sal da superfície dos alimentos na pré-escola, bem como de comer sal puro. Assim, segundo a pesquisa, experiências alimentares bem precoces (primeiros meses de vida) exercem um papel muito importante em moldar a resposta ao gosto salgado de lactentes e pré-escolares. 

Sabemos que a formação do hábito alimentar se dá desde a gestação até cerca de dois anos de idade. E uma vez consolidado o padrão de gosto, fica difícil mudar. A isso, é preciso associar o padrão de uma infância sedentária em frente à televisão, computador e vídeo games. O resultado tem sido a obesidade. Dados do IBGE mostram que o excesso de peso e a obesidade são encontrados com grande frequência, aos cinco anos de idade, em todos os grupos de renda e em todas as regiões brasileiras. 

Houve um salto no número de crianças de 5 a 9 anos com excesso de peso ao longo de 34 anos: em 2008-2009, 34,8% dos meninos estavam com o peso acima da faixa considerada saudável pela OMS. Em 1989, este índice era de 15%, contra 10,9% em 1974-75. Observou-se padrão semelhante nas meninas que, de 8,6% na década de 70, foram para 11,9% no final dos anos 80, e chegaram aos 32% em 2008-09.

O tempo de exposição à mídia também vem aumentando. Em média, as crianças ficam mais de 5 horas diárias em frente à TV, tempo superior ao permanecido na escola, que é de 4h30min. Além disso, o padrão das crianças de hoje é acessar varias mídias ao mesmo tempo e em quase todas há inserção de propaganda, ou seja, as crianças ficam expostas a um bombardeio mercadológico. Estudo feito pela Universidade de São Paulo, em 2007, mostrou que 82% dos comerciais televisivos sugeriam o consumo imediato de alimentos ultraprocessados, 78% mostravam personagens ingerindo-os no ato e 24% dos alunos expostos a tais mensagens apresentaram sobrepeso ou obesidade. Já um levantamento realizado pelo Ministério da Saúde em 2009 identificou que apenas 25% das crianças entre 2 e 5 anos e 38% das crianças entre 5 e 10 anos consomem frutas, legumes e verduras. Guloseimas como balas, biscoitos recheados, refrigerantes e salgadinhos ocuparam o espaço de refeições principais. 

E a água? De repente esse bem essencial ao bom funcionamento do corpo humano foi sendo esquecido. Em creches, escolas e hospitais é comum não encontrarmos bebedouros. A água não está franqueada justamente a quem deveria receber estímulo constante para ingeri-la. O estímulo está focado nos sucos industrializados e nos refrigerantes. 

E agora, já podemos responder quem são os donos do cardápio das nossas crianças? E quais as conseqüências de seguirmos ao sabor do vento das grandes corporações fabricantes de alimentos? E de não termos controle sobre a publicidade dirigida ao público infantil? 

Se o que queremos para nossas crianças não é um futuro de obesos desnutridos, precisamos tomar as rédeas da situação e já. A informação continua sendo a chave-mestra e, pais, educadores e profissionais da saúde precisam saber identificar o que está escrito nos rótulos.

Se tomamos tantas medidas para a identificação de pessoas que entram nas nossas casas e nas escolas, porque não adotamos estes mesmos cuidados antes de permitir a entrada de substâncias no nosso organismo e das nossas crianças? Nunca é demais lembrar que bons hábitos alimentares começam a ser transmitidos na vida intra-uterina, que criança até dois anos não deve ser exposta ao sal e que não se deve colocar açúcar em chás e mamadeiras de bebês. Muito menos achocolatados, que contém açúcar e gordura em excesso. 

Seguindo orientações da OMS, estão surgindo políticas públicas para redução do sal nos alimentos industrializados, assim como campanhas de esclarecimento ao público. Foram identificadas ações em 38 países, sendo a maioria na Europa. Já o Brasil recém está iniciando algumas medidas nessa área. Em janeiro deste ano, a Anvisa fez recomendações não obrigatórias para a redução, até 2014, em 10% no conteúdo de sal do pão francês. 

Também em países europeus, há regras rígidas em relação à propaganda dirigida a crianças. Em terras nativas, dispensam-se comentários. Felizmente a sociedade começa a dar sinais de reação. 

Acreditando que um outro mundo é possível, que tal a gente sonhar com uma sociedade em que a saúde das nossas crianças esteja acima dos interesses das megacorporações? 

(*) Noemia Perli Goldraich é doutora em Nefrologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), pós-doutora em Nefrologia Pediátrica pela Universidade de Londres, professora-associada do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da UFRGS, nefrologista pediátrica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e coordenadora do Núcleo Interdisciplinar de Doenças Crônicas na Infância da Pró-Reitoria de Extensão da UFRGS.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Estudo aponta lista de alimentos que engordam ou emagrecem

Inserir cinco opções no cardápio e evitar outras cinco ajuda a perder peso


Uma pesquisa feita pela área de medicina da faculdade de Harvard, nos Estados Unidos, descobriu que a perda de peso vai muito além da dieta e dos exercícios. Fazendo uma análise profunda dos hábitos alimentares de mais de 120 mil pessoas com idades entre 37 e 52 anos, foi possível identificar alimentos que engordam mais e outros que até ajudam na perda de peso, incluindo hábitos que contribuem para uma vida mais saudável. 


Os médicos agruparam participantes de outros três estudos, e avaliaram, a cada quatro anos, a relação entre mudanças nos hábitos de estilo de vida e peso. Ao final do estudo, eles encontraram cinco alimentos que são uma grande armadilha para quem quer perder peso e outros cinco que são grandes aliados. 



Os alimentos associados ao ganho de peso no período do estudo foram batatas fritas; outras batatas; bebidas adoçadas com açúcar; carne vermelha não processada e carnes vermelhas processadas. Os alimentos ligados ao menor ganho de peso e até mesmo à perda dele - em alguns casos - foram legumes; grãos integrais; frutas; oleaginosas e iogurte.



Os pesquisadores afirmam que a quantidade de gordura total desses alimentos não está fortemente ligada a perda ou ganho de peso, mas sim a qualidade destes.



Além disso, eles notaram que a adoção de outros hábitos, como dormir de 6 a 8 horas por noite, fazer exercícios e assistir menos a TV auxiliaram na perda de peso



Emagreça mais mantendo um diário sobre a sua dieta 

Manter um diário da dieta, anotando tudo o que se come, é mais um artifício que ajuda na redução de peso. A eficácia dessa técnica foi comprovada por uma pesquisa feita nos Estados Unidos. O estudo revelou que quem registra os alimentos que ingere emagrece em dobro. 



No Brasil, a técnica é também recomendado por profissionais ligados à saúde alimentar. "Quando anotamos o que comemos, prestamos mais atenção em nossas escolhas. Assim, podemos reduzir o consumo calórico diário. Essa queda pode chegar a 30%", diz a nutricionista Ligia Henriques. 



A falta de uma ideia real do total de comida ingerida durante o dia acontece porque a memória tende a ser seletiva quando se trata de pequenas porções. Um docinho que um colega ofereceu, uma bolacha que você mastigou enquanto fechava um relatório e um refrigerante que tomou ao longo da tarde não costumam entrar na conta das calorias ingeridas. 



Tudo isso deve estar registrado no diário. Como o objetivo é corrigir equívocos na alimentação e eliminá-los na sequência, o ideal é que você anote em detalhes o que come e bebe. Dentre as anotações devem estar informações como quantas vezes por dia você ingeriu algo, os horários, as quantidades e as sensações relacionadas a cada refeição - se estava com fome antes ou não, se comeu rápido ou devagar, se estava sozinha ou acompanhada, se foi em um lugar tranquilo ou cheio de gente, se ficou satisfeita ou cheia demais etc. Colocar o seu peso, não necessariamente diariamente, mas de vez em quando, também é uma boa saída para controlá-lo. Além disso, caso goste de escrever, você pode estender os assuntos para questões emocionais, que estão quase sempre relacionadas com o sucesso dos regimes. 


De acordo com a pesquisa americana, o diário não precisa necessariamente ser feito em um caderno. Somente o ato de registrar o que você comeu, seja em um post-it, em um email enviado para você mesma ou até em um SMS, pode ser suficiente. O essencial é ser disciplinada para não esquecer nada e sincera para não burlar as regras.


A vantagem de manter o controle organizado é que, eventualmente, você pode levá-lo para seu nutricionista analisar. "O profissional consegue extrair informações importantes. É um excelente instrumento para orientar o paciente através dos erros e acertos. Eu sempre calculo o registro e sugiro substituições", conta Ligia.


É bom lembrar que monitorar o que come não é um pré-requisito para emagrecer e, sim, um instrumento. Se você consegue controlar mentalmente seus hábitos alimentares, escrever cada item que ingere pode ser um incômodo extra no mar de preocupações que dietas, inevitavelmente, trazem


sábado, 16 de junho de 2012

Dormir pouco aumenta apetite por comidas gordurosas


Pessoas que dormem poucas horas por noite tendem a sentir maior apetite por comidas gordurosas. É o que indica um estudo americano publicado neste domingo. De acordo com os pesquisadores da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, a restrição do sono altera a maneira como o cérebro reage à chamada junk food, o que aumenta o consumo desse tipo de comida. A descoberta faz parte de um estudo apresentado neste domingo no SLEEP 2012, o encontro anual das Sociedades de Sono Associadas (APSS, na sigla em inglês), na cidade americana de Boston.
Os autores da pesquisa explicam que, quando o indivíduo é exposto a alimentos pouco saudáveis, os centros de recompensas de seu cérebro são ativados de maneira diferente quando há restrição do sono. “Os resultados sugerem que, quando uma pessoa dorme pouco, ela acha que os alimentos gordurosos são mais salientes e se sente mais recompensada, o que acaba levando a um maior consumo desse tipo de comida”, diz Marie-Pierre St-Onge, coordenadora do estudo.
Os pesquisadores chegaram a essa conclusão após fazerem ressonância magnética em 25 homens e mulheres de peso normal enquanto olhavam para fotos de alimentos saudáveis e gordurosos. Parte dos participantes havia sido submetida a poucas horas de sono, enquanto o restante havia dormido adequadamente antes dos testes. Os resultados de todos exames foram comparados ao final do estudo.
Trabalhos anteriores já haviam indicado que o sono restrito aumenta a quantidade de alimento consumida por pessoas saudáveis, assim como o desejo por comidas com altos teores de sal ou de açúcar. Segundo os autores desse novo estudo, os resultados acrescentam informações para a relação entre o sono, o apetite e a obesidade.
Leia a notícia completa na Veja.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Dúvidas mais freqüentes sobre refrigerantes


Muitas dúvidas surgem quando o assunto é refrigerante. Principalmente, por estar cada vez mais presente na mesa do brasileiro, esse tipo de bebida é consumida entre todas as faixas etárias e classes sociais. Esclareça agora todas as suas dúvidas sobre o tão consumido refrigerante:

1 - Quais os ingredientes dos refrigerantes? Os refrigerantes possuem como ingredientes, o açúcar ou adoçante no caso dos light, água gaseificada, extrato de noz de cola ou suco de laranja ou de limão ou extrato vegetal de guaraná, cafeína, corante, acidulante, conservantes, aroma natural ou artificial, entre outros.

2 - Os refrigerantes causam celulite? Não. Não há estudos que comprovem a relação entre o aparecimento de celulites e o consumo de refrigerantes. Porém, se sabe que uma dieta desequilibrada, o consumo excessivo de açúcares e gorduras, a ingestão ineficiente de água e fibras, sedentarismo e fator genético estão relacionados com o aparecimento do problema.

3 - Os refrigerantes podem ser consumidos diariamente? Não é recomendado o consumo diário de refrigerantes, pois este tipo de bebida é pobre nutricionalmente, sendo então considerado um produto com calorias vazias. Dessa maneira, devemos sempre dar preferência às bebidas mais nutritivas e saudáveis como a água, os sucos de frutas e vitaminas.

4- Os refrigerantes light e zero podem ser consumidos à vontade?
Não.Os refrigerantes "light" e "zero" possuem como ingredientes, os edulcorantes artificiais, popularmente conhecidos como adoçantes, além disso, possuem, água gaseificada, extrato de noz de cola (ou suco de laranja ou limão ou extrato vegetal), cafeína, corantes, acidulantes e conservantes. Os refrigerantes normais, ao invés dos adoçantes, possuem açúcar em sua composição. Todos os outros ingredientes são iguais.O excesso do consumo desse tipo de refrigerante aumenta também a ingestão de adoçantes artificiais, o que não é indicado.

5 - Refrigerantes podem substituir o consumo de água? Não. A água é nutriente essencial para o ser humano e deve ser consumida diariamente. A quantidade necessária varia muito de indivíduo para indivíduo, porém recomenda-se que a ingestão seja de cerca de 30 a 40ml/kg/dia.

6 - Os refrigerantes possuem cafeína? Sim, os refrigerantes à base de cola, como os chás, café e chocolate possuem cafeína. A cafeína é uma substância estimulante do sistema nervoso central. A cafeína, em doses moderadas, produz ótimo rendimento físico e intelectual, com aumento da capacidade de concentração e diminuição do tempo de reação aos estímulos sensoriais. Por outro lado, doses elevadas podem causar sinais perceptíveis de confusão mental e indução de erros em tarefas intelectuais, ansiedade, nervosismo, tremores musculares, taquicardia e zumbido. O café é a fonte mais rica em cafeína. Define-se consumo excessivo como ingestão acima de 600 mg/dia, por isso preste atenção aos rótulos e quantidades desta substância nos refrigerantes e em outros alimentos e bebidas. A cafeína tem sido associada também a refluxo gastroesfoágico.

7 - Os refrigerantes engordam? O que causa ganho de peso é o desequilíbrio entre o consumo e o gasto de calorias. Consumir mais calorias do que você pode gastar gera ganho de peso. Alimentos e bebidas com alto valor calórico podem colaborar para o ganho de peso. Excesso de refrigerantes contribui com excesso de açúcar que é rapidamente absorvido, relacionado também com risco aumentado de obesidade e diabetes tipo 2.

8 - A ingestão de refrigerantes está associada a fraturas ósseas? Estudos mostram uma associação positiva entre bebidas à base de cola e fraturas ósseas em meninas fisicamente ativas. Em estudo grego, o aumento do consumo de refrigerantes do tipo de cola foi associado positivamente com aumento do risco de fraturas ósseas em crianças de 7-14 anos. É sugerido que esses achados estejam associados com a relação cálcio-fósforo na dieta, tendo efeitos deletérios no osso.

9 - O brasileiro está consumindo mais refrigerante? De acordo com a Pesquisa de Orçamento Familiar do IBGE realizada entre 2002 e 2003, O consumo de refrigerantes aumentou 400%, de 1974-1975 a 2002-2003, entre a população brasileira. Conforme aumentam os rendimentos, maior o consumo de refrigerantes pela população brasileira. A participação da bebida na dieta é 5 vezes maior na classe de maiores rendimentos do que na classe de menores rendimentos.

10 - Um copo de refrigerante possui menos calorias do que um copo de suco de laranja? Um copo de refrigerante comum possui em média 85 kcal e um copo de suco de laranja natural possui cerca de 90 kcal. Porém, é fundamental perceber que um copo de refrigerante não possui nenhum nutriente, apenas calorias enquanto o suco de laranja possui inúmeras vitaminas e minerais que são fundamentais para o bom funcionamento do organismo, evitando assim doenças relacionadas à má nutrição. 

Fonte: site cyberdiet.terra.com.br

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Gordura leva 3h para se depositar no corpo, diz estudo


Se os alimentos forem ingeridos no café da manhã, o acúmulo tende a ser mais rápido.
Três horas após as refeições é tempo o bastante para que as gorduras ingeridas se transformem em tecido adiposo. Isso é o que defende uma nova pesquisa realizada na Universidade de Oxford, publicada no jornal Physiological Reviews .
Durante o estudo, voluntários se alimentavam e, a partir daí, era feito um rastreamento, em que os pesquisadores investigavam o caminho exato que as gorduras fazem pelo corpo. Segundo os estudiosos americanos, a gordura demora cerca de uma hora para ser quebrada no intestino. Em seguida, entra na corrente sanguínea e, após isso, é depositada como tecido adiposo nas coxas, nacintura e nos quadris. Antes desse estudo, suspeitava-se que o processo de depósito de gordura demoraria mais tempo para acontecer.
A boa notícia é este armazenamento é temporário. A gordura acumulada neste período é rapidamente extraída da região para alimentar os músculos do corpo. “Mas, quando comemos demais, a história é diferente”, adverte Fredrik Karpe, um dos líderes do estudo. Se você ingerir mais gordura que o necessário, seu corpo não conseguirá utilizar o excesso e você acabará engordando.
Fonte: Terra

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Intolerância ao glúten: mito ou verdade?


O universo da nutrição tende ao maniqueísmo. Enquanto alguns alimentos são alçados à fama em um piscar de olhos – como é o caso do óleo de coco -, outros são mandados ao limbo em um zás-trás. Às vezes, vale registrar, sem motivo cientificamente correto. É o caso do glúten, uma proteína presente em todos os itens que levamtrigo, centeio, aveia, malte e cevada.
A substância só não é tolerada por uma parcela da população que tem a doença celíaca. Estamos falando de quase 1 milhão de brasileiros. E, para atendê-los – que bom -, a indústria aumentou a oferta de produtos isentos dessa proteína. Ocorre que boa parte dos outros 194 milhões de consumidores do país passaram a imaginar que, se havia comida destacando o “sem glúten” no rótulo, isso seria indicador de que o tal glúten faria mal. Interpretação errônea no caso. E há sempre quem se aproveite da situação. Exemplo: prometendo que a barriga irá secar se você tirar o bendito ingrediente da mesa. “É um grande mito”, dispara a gastroenterologista Lorete Kotze, professora da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. “É claro que, se uma pessoa abdicar dos carboidratos, sejam eles fontes ou não de glúten, ela irá emagrecer. Agora, se substituir itens com glúten por receitas com farinha de arroz, tal qual um celíaco faria, certamente não notará nenhuma diferença no peso.”
Também há uma parcela cada vez maior de indivíduos que culpam a proteína por vários desconfortos, como diarreia, enxaqueca, abdômen estufado, gases e por aí vai. Assim, julgando-se sensível ao glúten, não pensa duas vezes antes de tirá-la do cardápio. De tão comum, a situação até foi alvo de um estudo realizado na Universidade de Pavia, na Itália, publicado recentemente no periódico científico Annals of Internal Medicine.
Para os pesquisadores, boa parte dessa gente está, digamos assim, chovendo no molhado. Afinal, há outras substâncias presentes em alimentos recheados de glúten que podem ser as verdadeiras responsáveis por reações adversas. Sem falar no efeito nocebo, ou seja, quando já se come uma pratada de macarrão esperando passar mal.
Segundo a gastroenterologista Vera Sdepanian, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e uma das maiores especialistas em doença celíaca no Brasil, a história da sensibilidade ao nutriente é mesmo bem delicada, como apontaram os cientistas europeus. “Ela existe, mas a forma de flagrá-la ainda não está muito definida. Então, é crucial procurar um especialista”, diz a médica. “Até porque, em primeiro lugar, é preciso descartar o diagnóstico de doença celíaca. E cortar o glúten da dieta antes disso chega a atrapalhar essa investigação”, avisa.
Quem define o quadro é o gastroenterologista – no caso das crianças, o gastropediatra -, que usa como referência um exame de sangue e uma biópsia do intestino. Só depois de seu parecer é que as mudanças na alimentação se tornam convenientes. “Se for comprovado que o paciente não é portador de doença celíaca, mas apresenta características de sensibilidade ao glúten, aí sim é recomendado excluí-lo da dieta na tentativa de checar se os sintomas desconfortáveis são amenizados”, conta a nutricionista Renata Zandonadi, da Universidade de Brasília.
Leia o restante da reportagem na Revista Saúde.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Blog de menina com críticas à merenda faz escola mudar cardápio


Uma menina escocesa de 9 anos provocou mudanças na alimentação de sua escola depois de fazer um blog que teve mais de 1 milhão de visitações e acabou rendendo um tuíte de apoio do conhecido chef Jamie Oliver.
Martha Payne fotografava seus lanches com a permissão da escola e postava as fotos diariamente em seu blog ‘Never seconds‘ (‘Nunca repetir o prato’, em tradução adaptada), com comentários e notas sobre a comida.
Entre os aspectos avaliados pela menina, estão a qualidade da comida, a quantidade de ‘garfadas’ em uma porção e o número de fios de cabelo encontrados.
A repercussão do blog fez com que o conselho municipal de Argyll, na Escócia, se pronunciasse sobre o assunto e fizesse uma visita à escola da menina. O cardápio da merenda, segundo ela e seu pai, Dave, também melhorou, ainda que temporariamente.
‘Dá para ver no blog que a comida voltou a piorar’, disse ele à BBC Brasil.
Pai e filha foram convidados para um encontro realizado pelo chef escocês Nick Nairn, autor de diversos livros e apresentador de programas de TV, que também terá políticos e ativistas da alimentação saudável em escolas.
Fotos ‘chocantes’
A ideia de criar o blog, segundo Dave Payne, surgiu quando Martha chegou em casa comentando sobre um texto ‘jornalístico’ que teve que fazer para um trabalho escolar.
‘Ela chegou dizendo que queria escrever como uma jornalista todos os dias e achamos que um blog seria a melhor ideia’, conta o pai.
Desde então, a menina, que vive com a família em uma fazenda, passou a postar fotos do que comia diariamente, com comentários sobre o cardápio.
‘A coisa boa deste blog é que meu pai entende por que eu estou com fome quando chego em casa’, disse ela em um dos posts.
As primeiras fotos de Martha, de acordo com seu pai, foram reveladoras. As refeições, sempre em porções pequenas, incluíam pizza, hambúrgueres, frituras, poucas verduras e nenhuma fruta.
‘Para ela, as fotos eram completamente normais. Para mim, foram chocantes, terríveis. Quase tão chocante quanto isso era o fato de que as crianças achavam aquela comida normal. Ela reclamava um pouco em casa, mas eu não dei muita atenção’, disse Dave.
Pouco depois do primeiro post de Martha, ele escreveu em seu perfil de Twitter sobre o blog da filha. ‘Na primeira meia hora, três pessoas tinham visto o blog. No dia seguinte, eram mais de 20 mil’, conta. Agora, um mês depois, o ‘Never seconds’ já contabiliza cerca de 1,2 milhão de visitantes.
Alertado por internautas sobre o projeto, o chef Jamie Oliver chegou a mandar uma mensagem para a menina através do Twitter: ‘Blog chocante, mas inspirador. Continue! Com amor, Jamie’.
Leia o restante da reportagem no G1.